Biometria

Um dia, pagar com um dedo ou num piscar de olhos será completamente normal.

 

Dezoito mil milhões. Eis o número de transações biométricas que se preveem em 2021. A tecnologia já foi desenvolvida e os consumidores, em grande parte, estão prontos para a adotar.
Vamos olhar para os últimos avanços e testes e vislumbrar o que está no horizonte.

 

Pagar com um sorriso.

A Caixa, o principal banco de retalho em Espanha, lançou este ano novas caixas multibanco em quatro das suas agências em Barcelona. Os levantamentos podem ser feitos por reconhecimento facial.

 

E se disséssemos “Adiòs” aos códigos PIN?

A tecnologia não é nova – desbloquear o telemóvel com o olhar é natural para algumas pessoas – mas a Caixa pode orgulhar-se de ser a primeira instituição financeira a oferecer esse tipo de serviço.
Já em funcionamento em 20 terminais, o banco ibérico quer ampliar a implementação do sistema durante o segundo semestre do ano.

 

Como funciona?

É necessário efetuar um pré-registo do serviço. Este passo ocorre em poucos minutos ao balcão, com a ajuda de um colaborador e um tablet. A identificação no momento do levantamento é feita através de software que identifica até 16.000 pontos da imagem facial.
O cliente também deve apresentar o seu cartão bancário, smartphone ou smartwatch ao levantar o dinheiro.

 

Well.com, a carteira eletrónica do Oney.

Desde o final de 2018 que os clientes de três superfícies comerciais da francesa Auchan, em Bucareste, na Roménia, estão a testar o pagamento das suas compras em, no máximo, 2 segundos.
Como? Colocando simplesmente o dedo num leitor biométrico.
A fórmula está a funcionar - a Well.com já adquiriu cerca de 2.000 utilizadores regulares em apenas 6 meses.

 

Sem receios!

Naturalmente, a solução respeita os dados pessoais dos utilizadores. Na prática, não existe uma base de dados biométrica e a tecnologia não armazena os dados. A impressão digital é mantida no telemóvel do cliente e é o dispositivo que comunica diretamente com o leitor.
Este fator é determinante para tranquilizar os consumidores. Especialmente quando sabemos que 9 em cada 10 apontam a segurança como prioritária num sistema de pagamento (veja a pesquisa Oney - Opinion Way sobre os Pagamentos na Europa, em oney.com).
Ainda em fase de testes, a tecnologia poderia estender-se a outros serviços financeiros, antes de abranger todo o território nos próximos meses.

 

Na China, ande de metro sem bilhete!

Enquanto na Europa alguns países ainda estão reticentes em relação ao uso de smartphones ou tecnologia biométrica, na China não.
Já há alguns anos que o reconhecimento facial é usado para substituir os cartões de embarque em certos aeroportos, para pagar certas compras e para apanhar o metro.
A tecnologia está pronta. Agora, é apenas necessário que a mentalidade das pessoas acompanhe a evolução tecnológica, com a ajuda da educação e da confiança transmitidas pelos retalhistas e os bancos.

Ideia Central

Pagar as compras com impressão digital, levantar dinheiro ou apanhar o metro só com o olhar...o pagamento biométrico já chegou. A onda está a caminho, mas para convencer as pessoas é necessário estabelecer confiança. Especialmente na Europa, onde a segurança nos pagamentos é o critério que os consumidores mais valorizam. Pronto para começar a utilizar os novos métodos de pagamento?